segunda-feira, 23 de abril de 2018

De regresso aos livros, ao estudo... e à universidade!

Voltei à universidade para fazer um curso que há muito queria fazer e claro, não podia estar mais motivada e cheia de energia.
Terminei a minha licenciatura já a trabalhar e quando fiz a minha pós-graduação fiquei com a sensação que não ficaria por ali e iria regressar depressa aos estudos. Sabia que queria voltar a estudar. Fazer mais.
Não regressei depressa. Casei, fui mãe uma, duas, três vezes. Dediquei-me à familia sem descurar o trabalho. Fiquei sem trabalho, voltei ao mercado. Investi alto no trabalho e eis que agora me pareceu a altura certa para regressar aos estudos. Vai sair-me do pêlo, como se costuma dizer, já o comecei a sentir, mas também como todos nós sabemos, “No Pain, No Gain” e quando o esforço é muito a recompensa é melhor.
É quase um ano inteiro de aulas com férias pelo meio. São muitos livros para ler, a cabeça para desenferrujar. São pessoas novas. Novas rotinas também.  
No primeiro dia de aulas e percebendo bem o auditório que tinha à frente, o professor que nos falava da importância de sermos nós a fazer mais por nós, a mudarmos o mundo se assim o quisermos, projetou no quadro o provérbio africano que aqui reproduzo. Não podia ser mais adequado.



Não sou totalmente Gazela. Não sou totalmente Leão. Mas tenho a certeza que despertei. Fiz-me à estrada e agora já não posso parar esta corrida que iniciei!  Sou apaixonada por pessoas, por falar com pessoas e conhecer as suas histórias e vivências reais. Não tenho perfil para chorar o leite derramado e acho sempre que está em nós o primeiro passo para a mudança. Somos nós que devemos arregaçar as nossas mangas. Esperar não faz parte do meu perfil.
Regressei à universidade. Tenho a minha motivação lá bem no alto. Todos os dias estudo, todos os dias leio mais um bocadinho. E engraçado, sinto-me leve e mais forte ao mesmo tempo.
Custa-me a inércia, o não evoluir. Custam-me os dias que não me acrescentam nada de valor. Isso sim cansa-me mais do que tudo.

Claro que a ideia de me meter num projecto assim com trabalho árduo no dia-a-dia e uma casa de cinco para tratar, sem querer perder nada do crescimento dos meus miúdos,  assusta-me muito. Mas tudo se consegue quando temos força de vontade. E tenho a certeza que vai valer muito a pena. Já está a valer muito a pena.

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