domingo, 9 de dezembro de 2012

Adorámos!


Não foi só ela que adorou. Não fui só eu. Adorámos, as duas, mesmo, mesmo, o concerto da Maria Vasconcelos. Sobretudo pela simplicidade, pelo imenso amor que existe naquela família e transborda do palco para o público.
Disse-lhe ainda em casa que íamos ver as Canções da Maria. Ficou assim, de boca aberta a olhar a mim. A perguntar-me “a sério?”, “hoje?”, “agora?”. Fez um sorriso tão grande, mas tão grande que julguei ver os olhos encherem-se de água de tanta felicidade. E gritou e saltou e gritou outra vez. Ficou maluca com a notícia. Disse-lhe em casa, porque não queria que ela ficasse triste por não sair com o pai e com os irmãos. Fomos sem sobressaltos, com os manos felizes por terem o pai só para eles e muita coisa para irem fazer. Fomos a cantar e a inventar muito para lá, viemos definitivamente mais afinadas para casa.
Há muito que simpatizo com as canções da Maria, pela forma prática de explicar e ensinar o que os miúdos aprendem na escola. Acho a Maria uma mulher cheia de talento, mas acima de tudo uma pessoa com os pés bem assentes na terra e com o sentido de orientação bem apurado. É de uma simplicidade genuína que encanta. Sei que se ela optou por afastar-se dos microfones da rádio, quando foi mãe, é porque também tem um apoio familiar e financeiro que lhe permite ter essa possibilidade. Mas podia ser uma mãe igual às outras, mas não é. De facto não é. E estas canções feitas para ajudar as filhas quando entraram para a escola mostram essa dedicação que assume ter para a família. É essa a sua prioridade e fá-lo sem rancores, sem mal entendidos de ter deixado para trás parte da sua vida profissional.
A Mathilde e a Manon são um encanto e fazem um excelente trabalho em palco, fazendo-nos esquecer que só têm seis e oito anos.   
Trouxemos o DVD para casa e os três miúdos já o consumiram em frente à tv. O Francisco já canta a canção dos Ditongos como se isso tivesse o significado real que tem, por exemplo para a Carolina. A nossa Matilde está encantada com a bonecada e eu acho que é daqueles trabalhos que qualquer mãe deve aconselhar os filhos a ver. A tomar atenção. Não só pela canção das boas maneiras, mas pela forma leve como o dia a dia é colocado ali, a cantar!
Adorámos!

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