terça-feira, 22 de março de 2011

Aprender a viver o campo

Eu sei que vocês já devem estar carecas de me ouvir a falar bem da escola da C, mas a verdade é que eu não me canso de elogiar não só o ensino, como a disponibilidade da própria comunidade envolvente em fazer mais pelas crianças de hoje, do que apenas deixá-las crescer. Ontem, por ter sido Dia Mundial da Árvore, a minha princesa mais crescida teve a oportunidade de plantar uma árvore no pátio da escola, como aliás deve ter acontecido com todos os meninos e meninas deste país inteiro, que este género de iniciativas está farta de acontecer e ainda bem. Mas hoje, quando chego à escola para a deixar, estava a salinha inteira a sair, todos em fila e dois a dois, para ir ver o tronco que mãe de uma coleguinha tinha levado para eles tocarem e cheirarem. A senhora tinha cortado uma árvore (muito provavelmente mora numa quinta, mas essa parte não perguntei) e levou uma parte do tronco para os miúdos tocarem, sentirem. Ali estiveram durante uns dez minutos a mexer e a aprender coisas como a idade do próprio pinheiro, visivel pelo número de aros que o tronco tem, naquele caso era um pinheiro com 25 anos, e a imaginar que aquela madeira que ali estava agora ia transformar-se nas mais variadas coisas, que assim se faz o papel e que as rolhas de cortiça também saem dali e isto, mais aquilo e aqueloutro. Não foi preciso nada, só dez minutos, para o dia dos miúdos ter começado de maneira tão diferente.

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