quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

E assim se livrou de um belo ralhete

Estou na esplanada a tentar descomprimir um bocado desta vida a cem à hora, com tudo para fazer para ontem, depois do F ter voltado à escola já sem tosse, ou quase nada. Estou sentada já depois de comer, a dar o leite à M e a deliciar-me com o óptimo sol de hoje. Toca o telemóvel. "Escola da C", "Escola da C". O telemóvel não pára e a minha cabeça a mil. "Escola da C". "Escola da C". Ai que a miúda caiu. Ai que a miúda partiu a cabeça. A perna. O Braço. São centésimos de segundo, o coração a mil e a cabeça com ideias tolas. Atendo, mas não me ouvem bem. Peço ao pai para ligar para lá. Atendem. Ele de olhos no chão abana a cabeça em sinal de não. Começo a saltitar na cadeira, qual bicho carpiteiro. Ai que a miúda vai para o Hospital. "Nós passamos já por aí", diz ele e desliga. "O que é que aconteceu?", quase que grito. "Foi a C que fez um xixi pelas pernas abaixo e pedem para levar uns ténis. A roupa já lhe mudaram." Relaxei. "Ah, bom, foi só isso..." Desabafei. Quando pensamos no pior, as asneiras deles parecem-nos tão pouco. Noutra situação não se livrava de um belo de um ralhete.

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