sexta-feira, 25 de junho de 2010

Modo: Embarcada



Não me lembro de fazer parte das quase 900 mil pessoas que visitaram a Fragata D. Fernando II e Glória, quando ela esteve aberta ao público, pela primeira vez, na EXPO 98. Acho que na altura tive aquela perspectiva de ver tudo aquilo que depois se ia embora e tanto a Fragata, como o Oceanário era possível ver depois da exposição fechar. E foi o que fiz. No entanto, se ao Oceanário fui logo de imediato, a Fragata, essa deixei de a ver e perdi-lhe o rasto. A verdade é que há dois anos e pouco ela está aberta enquanto embarcação-museu, em Cacilhas. Ontem fui até lá, numa das reportagens que dificilmente esquecerei. Porquê? Porque o comandante da fragata, José António Rocha e Abreu deu-me uma aula de história como nunca tinha tido em toda a minha vidinha de estudante! Saí de lá com ideias concretas sobre as viagens do final do século XIX, entre Índia e Portugal. O que era passar 5 meses em alto mar. Como era viver ali dentro com mais 300 homens. Levantar mesas e esticar camas de rede todas as noites. Andar para cima e para baixo com pólvora, quando era preciso dar uso aos canhões. Ir à casa de banho, como qualquer pessoa nornal tinha necessidade de ir. Sei que quem lá vai, por si só, com direito a um audio-guia que explica tudo, pode não ter acesso a histórias curiosissimas sobre a vida real daquela Fragata, contadas a mim pelo Comandante. Mas digo-vos, o passeio vale a pena. É parte da nossa história, da nossa identidade enquanto povo de marinheiros. E ser marinheiro há dois séculos atrás deveria ser tudo, menos uma tarefa fácil. Gostei mesmo. A Fragata D. Fernando II e Glória pode ser vista de terça-feira a domingo, das 9 às 17 horas. A entrada custa 3 euros para o público em geral (maiores de 18 anos), é grátis para crianças até aos 6, e os jovens até aos 17 pagam apenas 1,5 euros. Passem por lá.

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