sexta-feira, 21 de maio de 2010

O que eu odeio Companhias de Seguros

Aqui há dias tive um acidente de nada. Um toque, por assim dizer. A senhora que vinha atrás de mim não deu conta que eu estava parada, em fila, e quando quis travar: pumba. Lá estava enfiada no meu carrito. Coisa simples: declaração amigavel, um pedido de muitas desculpas, duas crianças a chorar dentro do meu carro, pelo susto, e eu com vontade de me atirar para o chão e fazer uma birra. São daquelas coisas que acontecem a todos, mas uma chatice, sobretudo pelo tempo que se perde. Mas enfim, felizmente tive a sorte de isto me acontecer com uma condutora séria, honesta, que não levantou qualquer problema e resolvemos tudo num instante. Tudo a correr bem até chegar ao contacto com as seguradoras. Primeiro, para marcar a peritagem andaram a ligar-me dois dias de número privado. Coisa boa: sou jornalista e muitas vezes não posso atender o telemóvel, mas costumo devolver as chamadas perdidas, caso tenha o número, o que não aconteceu. Um dia lá conseguimos marcar a dita peritagem. Foi rápida, simples, sem grande stress, mas o perito saiu da oficina sem me dizer se tinha ou não carro de substituição. E agora, como ligar para eles, se não tenho número? Ao fim de muitos malabarismos, lá cheguei ao contacto e começa o fandango. "Tem carro de substituição, sim, pode ir buscá-lo aqui ou ali, onde lhe der mais jeito." Hum??? Quer dizer, vou deixar o carro na oficina e toca de apanhar um taxi para ir a uma rent a car buscar um carro, para o qual sou obrigada a deixar uma caução, patati patata? Mas como? Vou espetar com duas cadeiras de bebé, carrinho e mochila dos miúdos num taxi, mais as minhas coisas do trabalho, etc, etc. "São as normas". São as normas??? andamos nós a pagar seguro, para as companhias não conseguirem prestar um serviço com dignidade. E depois disseram-me, "é de bom tom a companhia pagar o taxi até à rent-a-car". Tipo: fica-nos bem e fazemos esse favor... Ora bem: uma pessoa paga o seguro, um dia leva com um carro em cima, sem qualquer culpa e ainda tem que ser ela a ir buscar um carro não sei onde, deixar caução, acartar com as tralhas, etc, etc. E ainda disseram: "pode sempre pedir a alguém para ir consigo ou para lhe ir buscar o carro". Sim, meus senhores, ninguém trabalha neste país. Vou pedir a amigos e familiares para chegarem mais tarde ao trabalho, para me ajudarem a fazer um trabalho que vos compete. Se pagam o taxi a mim, pagam o taxi ao sr. da rent-a-car, no regresso oficina trabalho, depois de me deixar o carro, não?
O que eu odeio Companhias de Seguros. Odeio.

Um comentário:

Luis Dinis disse...

Boa tarde,
Desculpe o atrevimento, mas deparei-me com o seu comentário de desagrado relativamente às Companhias de Seguros e não posso deixar de o comentar.
Efectivamente não deixa de ter razão, e um sinistro representa sempre um transtorno para as partes envolvidas, mas permita-me uma sugestão:
contrate o seguro através de uma empresa de mediação de seguros, pois à partida existirá sempre um esforço "extra" por parte dos serviços comerciais para irem ao encontro dos seus interesses e expectativas.
E provavelmente o preço, actualmente um factor que não é de menosprezar, será bastante competitivo.
Cordiais cumprimentos.