quarta-feira, 24 de março de 2010

O que aprendemos


Estefânia II

Foram apenas 6 dias no hospital, mas pareceram seis semanas. Foram 24 horas sob 24 horas no mesmo quarto, com muita gente, gente que de total desconhecida passou a amiga. Por causa do soro, o Príncipe não podia sair do quarto e assim fomos desenvolvendo outras potencialidades!

O que ele aprendeu:

A bater palmas. Muitas vezes faz só uma, mas é com tanta satisfação que encanta qualquer um.

A levantar a cabeça e as pernas, ainda assim sem conseguir sentar-se, mas quase, tal era a curiosidade de ver quem estava na cama do lado.

A cuspir a sopa, dando verdadeiros banhos à mãe que quanto mais ralhava gerava uma chuva de gargalhadas e ainda mais sopa pelo ar.

O que eu aprendi:

Acima de tudo, o verdadeiro significado da palavra amizade e solidariedade. O ambiente no Hospital Dona Estefânia é absolutamente fantástico e acredito que tive muita sorte com os pais, companheiros de quarto, que fui conhecendo ao longo dos 6 dias. Sou por natureza uma pessoa positiva, tento encontrar sempre uma solução, ver as coisas pelo lado positivo e é por isso que hoje, acredito mesmo ser uma pessoa melhor do que era há uma semana atrás. Fiquei com uma perspectiva um pouco diferente da vida, honestamente.

Não há nada mais triste que ver um brinquedo esquecido numa cama de hospital, mas também não há nada melhor do que encontrar gente que percebe o que sentimos e nos deixa chorar e chora também.

Um comentário:

Ana Sofia disse...

bate palminhas, sim senhora!! Sou testemunha ;))))