sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A diferença do MUDE


Desde que abriu em Maio de 2009 que tinha curiosidade de passar por lá, mas a licença de maternidade trocou-me as voltas e passou tão rápido e com tanto para atender que não consegui conhecer o MUDE – Museu do Design e da Moda, na Rua Agusta. Não consegui, até à semana passada que fui lá fazer uma reportagem e digo: quem ainda não foi, pois faça o favor de se fazer à estrada e ir até à baixa lisboeta. Gostei do MUDE porque é essencialmente diferente. Não é um Museu estático, tradicional. Logo pelo aspecto. Quando entrei até me questionei se o espaço ainda estaria em obras. Está completamente descarnado, por dentro. Sem tecto falso, sem pintura, sem nada, com tijolos e cimento à vista desarmada. Parace que em Paris, no Trocadero, o Palais de Tokyo (Centro de arte de referência da capital francesa) também é assim, mas porque os arquitectos simularam uma destruição interior. Pois que aqui não foi preciso. O MUDE instalou-se nos antigos aposentos da Caixa Geral de Depósitos, mesmo a chegar ao Terreiro do Paço, tal e qual como a agência tinha sido deixada. É essa maneira de estar, de ser irreverente, diferente, que me cativou no MUDE. Tem peças muito, muito interessantes, algumas delas antiquíssimas, como torradeiras ou telefonias (!!) que de tão à frente serem quando foram criadas, no século passado, por exemplo, que continuam a ter uma atracção fatal. Todo o espaço tem música, em alto e bom som. Não é preciso falar baixo ali e o chão não range, como nalguns museus. Ali vive-se, não se observa apenas. Quero lá voltar, mas vou esperar que a cafetaria abra, talvez lá para Março, segundo a conversa que tive com a directora. Não vai ser mais uma cafetaria. Promete ser um espaço muito interessante, já que vai mostrar a Lisboa o que é a Food Design... e eu quero conhecer!
(O vestido da direita é liiindo! Está lá ao vivo e a cores. Tem a assinatura Yves Saint Laurent.)

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