quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

“Sete Vidas” é grande



Não fosse o facto de estrear a 8 de Janeiro, gritava aqui que “Sete Vidas” é um dos maiores filmes deste 2008. Como não, guardo aqui num compartimento qualquer do meu cérebro a lembrança de dizer isto daqui a um ano. Há filmes que são bons, outros que nos dispõem bem, outros de que gostamos no momento, mas que passadas uma semanas já nem nos lembramos bem do argumento, para além dos que são maus e muito maus, porque também os há. “Sete Vidas” pertence à categoria de filmes que nos tocam, que nos tocam profundamente e que por isso vamos sempre gostar e, de certeza, não vamos esquecer. Foi dos filmes que vi, nos últimos tempos que mais me surpreendeu. Tive oportunidade de o ver hoje em visionamento de imprensa e por isso, mesmo com três semanas de distância da estreia nos cinemas nacionais, alerto já: não percam. Do realizador italiano Gabriele Muccino, o mesmo que assinou “Em busca da Felicidade”, estreado em Fevereiro do ano passado em Portugal, “Sete Vidas”, tal como “Em Busca da Felicidade” volta a ser protagonizado por Will Smith, que cada vez mais se assume como um actor a ter em conta. Longe daquele registo cómico que Will Smith nos foi habituando há uns anos, em “Sete Vidas” o actor interpreta um homem profundamente sentido com vida. Não está revoltado. Não é um ser mal disposto. Sente-se culpado por um acidente e está determinado em remediar as coisas, à sua maneira e, sem dúvida, de uma forma muito comovente e bela. É um filme profundo. Uma história que faz todo o sentido. Um filme que passa mais do que uma mensagem e que, mesmo sabendo deste o primeiro minuto como acaba, queremos a todo o custo que a história sofra uma reviravolta qualquer. Mas é por ser assim que “Sete Vidas” é tão grande. Será preciso ainda dizer que o Vida Maravilha recomenda-o? É obrigatório.

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