quinta-feira, 24 de abril de 2008

My Blueberry Nights: nota alta para Norah Jones



Não sei se hei-de começar por vos falar da Banda Sonora ou do filme propriamente dito. Numa sala muito, muito composta (tal era a curiosidade dos nossos críticos e jornalistas de cinema), assisti ao visionamento de “My Blueberry Nights – O Sabor do Amor”. Um filme que, deixem-me tentar definir, introspectivo. Sim, acho que ele é para ser visto e sentido por dentro. A linha condutora é um tema absolutamente banal: uma mulher que perde o amor da sua vida para uma outra mulher e vai a um café/restaurante tentar encontrá-lo e acaba a comer e a beber que nem uma desalmada com o dono do espaço. Adivinha-se logo à partida um romance entre eles, mas para isso acontecer são precisos 300 dias, onde não há absolutamente nenhum contacto entre ambos a não ser umas cartas que ela lhe vai escrevendo. Ela sai de Nova Iorque, vai para longe, para o meio no nada e sem conhecer ninguém. Arranja dois emprego para a tentar manter a cabeça ocupada e não pensar no amor perdido. Passados meses já não precisa assim tanto de estar ocupada, mas aproveita o dinheiro que vai juntando para comprar um carro. Pelo meio conhece as mais diferentes personagens, com histórias de vida dramáticas. Com problemas como os dela, como os de qualquer pessoa que ama ou já amou. Percebe o que quer e como quer. A história mostra-nos apenas que por vezes temos mesmo que sair de nós para nos encontrarmos, para encontrarmos um novo rumo, ou voltar de cabeça fresca ao que éramos. Pois eu gostei, e gostei sobretudo da Banda Sonora: belíssima. O Filme marca o arranque do IndieLisboa, hoje, dia 24, mas só estreia nas salas nacionais, com programação regular, no feriado, dia 1 de Maio.
Nota 20 para Norah Jones que considero estar muito bem no filme. Claro que a reconhecemos pela cara, mas ninguém diria que o seu talento é só ainda reconhecido enquanto cantora.

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